sábado, 4 de setembro de 2010

OS PROFESSORES E A POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO

Muito se discute a respeito da política de educação no Brasil, porém ouvimos muita demagogia e pouca discussão séria.
Enquanto isso, já estamos na 2ª geração de crianças e adolescentes analfabetos funcionais, muitos sabem escrever (copiar) e não conseguem ler, outros nem isso. Que situação nos encontramos, pois os responsáveis pela política educacional continuam centrando fogo nos professores, culpabilizando-os por esse desastre.
Cobram dos professores que sejam com seus alunos mães afetuosas, pais presentes, psicólogos eficientes, assistentes sociais, terapêutas familiar, distribuidores de uniformes, etc, etc, etc. Dizem que oferecem reciclagem, pós-graduação, ótimos salários e que devem ser cobrados por isso.
Deixam de dizer que a grande maioria faz jornada dupla para melhorar os rendimentos, que muitos estão adoecendo pela baixa condição de trabalho, e que por serem a priori culpados, são cobrados por todos e não podem cobrar ninguém.
Com todas estas atribuições quando poderão exercer seu papel de professor?
A quem recorrer em caso de dúvida, de necessitar uma assessoria?
Com quem contar?
Existe a necessidade de em 1º lugar definir claramente os papéis dos diversos atores na aprendizagem.
Quanto mais claro melhor, por que assim saberemos quem realmente está falhando.
Qual é a função do Governo, e a da Secretaria, do Diretor, do Coordenador, dos Pais, dos Alunos. Se soubermos, não ficaremos apenas cobrando os professores.
Em 2º teremos que ter em cada escola uma equipe de apoio aos professores, composta minimamente por um psicopedagogo e um psicólogo escolar, quem sabe um assistente social ou sociólogo.
3º que o professor deixe de ser solitário em sala de aula, e se sinta parte de uma equipe de educadores que facilite sua prática diária.
E em 4º lugar limitar o número de alunos em sala de aula, para que o professor possa criar condições de ter um relacionamento singular com seus alunos e lidar com as dificuldades inerentes ao processo de aprendizagem, ser um facilitador da inclusão e não uma vítima.
Dessa maneira poderemos começar a revolução da escola pública, mesmo assim teremos que pensar no contigente das gerações passadas, que quanto mais retardarmos essa mudança, maior será seu número.
Vamos dar voz aos professores, vamos construir uma educação democrática e inclusiva.
Valorizando e respeitando o Professor construiremos uma política pública educacional de verdade sem demagogia e politicagem

Um comentário:

  1. É ISTO QUE REALMENTE PRECISAMOS, MEU QUERIDO AMIGO DR. RAFAEL MARMO.
    COM CERTEZA SERÁ MINHA LUTA AO CHEGAR EM BRASÍLIA.
    ASS.PROF. MARIA DOLORES FORTES-5005

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